domingo, 9 de setembro de 2007

Incorporação do SL na Universidade (1a. parte em construção)

Partindo do pressuposto que Educação é comunicação ( SEVERINO, 1998)* e que ensinar é a organização constante de situações que propiciem a aprendizagem. O professor, com seu papel redefinido, deve entender que o vocábulo 'ensinar' é "mais do que ensinar, trata-se de fazer apreeender[...]" de forma que este professor concentre-se "na criação, na gestão e na regulação das situações de aprendizagem"(PERRENOUD, 200, p. 139)**, com o sentido de aprender.

O professor torna-se, portanto, o desafiador e mediador de um processo que não é natural, nem a ele professor, nem ao aluno que se formou nos padrões da transmissão da informação fragmentada, dentro do paradigma newtoniano-cartesiano, que ainda vivemos, na maioria das Instituições de ensino brasileiras, fechadas nos calabouços dos séculos XII até a Sociedade de produção de massa influenciada pela Revolução Industrial.

Para incorporar as TIC na educação é necessário ter a coragem de ousar, articular saberes, inter-relacionar-se, entender e (re)construir a concepção da aprendizagem nas necessidades dos objetivos traçados para a sua aula, diagnosticar e avaliar todos os passos de sua construção para a reconstrução. O professor atual deve entender-se e saber-se para o mundo contemporâneo em que seu fazer aula, não é mais solitário "bico" que garante um status curricular, mas sim, o status do que se deverá entender como conhecimento a ser produzido para a sociedade.

A educação, portanto, torna-se um sistema aberto que se determina pela participação, atualmente pela descentralização de forma flexível, que continuará a ter regras de controle, porém discutíveis e dialogadas por aqueles que dela fazem parte (professores, alunos, coordenadores, direções, sociedade) e deste diálogo, como nos lembra Morães ( 1997, p. 68)*** se desempenhará a ação "da tomada de decisões por grupos interdisciplinares".

Sob a ótica da colaboração e da interação, entendida como troca entre sujeitos que criam e possibilitam co-autoria e autoria, o professor fará a associação das tecnologias e ferramentas aplicáveis à educação aos reconhecidos métodos significativos dos conceitos de aprendizagem, desenvolvendo aos educandos as possibilidades da habilitação técnica do domínio da própria tecnologia e a ele, enquanto professor o domínio enquanto sua prática pedagógica que o façam refletir em sua própria prática para transformá-la, com a intenção de explorar a própria tecnologia assim como sua aprendizagem e a conexão do construir conhecimentos.

Se a aprendizagem é, como sabemos, um processo existente para a construção de conhecimento de nossos alunos, que deve transformá-lo no próprio autor de seu conhecimento que se inicia na experiência coletiva para a individual, ao professor contemporâneo competi conhecer e criar situações em ambientes que estimulem a comunicação, a participação, a atuação, a interação, o diálogo da descoberta para a autonomia, o confrontar idéias em um grupo para propiciar a autoria, tanto do professor quanto de seus alunos.

Neste sentindo e usando as possibilidades existentes no SL, encontrei uma experiência anunciada no Estado de São Paulo
que poderia ser investigada em sua criação e transformação da prática pedagógica na educação superior, assim como no processo de autonomia e construção do conhecimento colaborativo coletivo para o conhecimento individual.

lembrando que para alcançarmos o diálogo , a criticidade e a consciência freiriana competi aos educadores empreenderem projetos que contemplem uma relação dialógica, na qual, ao ensinar, os professores aprendam; e os educandos ao aprenderem possam ensinar (Freire, 1997)****

Vale a pena dar uma olhada em:

Filmes: Love Story (EUA, 2007, 2 min.), de Patrícia Claro

No You-tube, versão em português:
Uma Estória de Amor (EUA, 2007, 4 min.), de Patrícia Claro

MACHININA

A interdisciplinariedade, as potencialidades e possibilidades, o processo de aprendizagem colaborativa, interativa, significativa na construção do conhecimento coletivo e individual só dependem agora da coragem dos professores que atualmente estejam empregados nas Instituições de Ensino Superior.

Esta historinha continua.... depois que eu ler o que o Lucas Pretti do Estadão está vendo no SL

Referências

* SEVERINO, A. J. A Universidade, a pós-modernidade e a produção do conhecimento. Curitiba: Universidade Tuiuti , 1998 ( texto mimeo).
** PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
*** MORAES, M.C. O Paradigma educacional emergente. Campinas: Papirus, 1997.
**** FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.

Não cito literalmente mas minhas idéias sempre se embasam em Paulo Freire e Boaventura Santos.

&: Por mais que esta avatara que aqui vos fale, aparentemente não exista, ela existe, é pesquisadora de ambientes virtuais de aprendizagem, da construção do conhecimento mediado pelas TIC e adepta do Open Access, qualquer comentário é sempre bem vindo, assim como caso tenha de citar para algo, é só escrever, ok. Dialoguemos sempre!

beijabraços
Debby Greggan que é igualzinha a mim na RL e na SL

Um comentário:

Prof. VALENTE disse...

Que legal conhecer o teu BLOG !!
Estamos desenvolvendo em SP algo que acho que vai te interessar: "I CONGRESSO do SL na EDUCACAO" ..
Veja maiores detalhes em:
http://sleducacao.com.br
Apreciaria continuarmos a nos comunicar !!